Precipitações de encontro ao ausente

O lírio de prata que pousa em meu dedo expeliu polem envenenado. Chegando na rua de casa fechei os olhos e abri os braços contra o vento. Vim caminhando assim ao som de "Fool", mas parei no portão. Devia ter atravessado o cruzamento só por esporte, o que me faria sentir viva por hoje. Tirei a rolha do Conha y Toro e bebi no gargalo com o resto do lacre cortando a boca. Fazer uma luminária com essa merda de garrafa pra não esquecer meus flashes de lucides. Não pretendi ser fácil mesmo. Muito mais faces e fazes que qualquer outra. Quero desconstruir todas as coisas e ainda assim me bastar. Sou uma pessoa sem medo, rasgada, craquelada e sempre disposta a juntar os cacos. Não quero saber de porra nenhuma porque um belo dia se morre. Fica assim por hoje...

Comentários

  1. Sempre passo por aqui pra dar uma conferida nos seus,textos e acho linda a forma que se expressa, só quem te conhece pessoalmente entende como seus textos fazem sentido,vários pensamentos e idéias que acabam se juntando para formar esse todo que é você !!

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    1. Poxa, Bárbara...obrigada!!! Sinto-me lisonjeada...desde que postei esse texto aqui, não entrei mais, por isso não respondi. Saudades. Um beijo.

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